Primeiro é preciso citar um post que faz um apanhado até 2017 da busca pela saúde. Este Post.
Ele é velho, mas ficou legal.
Quando se vai escrever um post, é complexo. Por isso, rede social, neste quesito, é mais legal, você tira uma fotografia do momento e fala do que está passando agora.
Mas e o aprendizado ao longo do tempo? Aquela postagem daquele dia serviu para a grande aprendizagem total ou foi só um incentivo momentâneo para seguir em frente? Ou pior, nem isso, ela só serviu para enganar o cérebro e fingir que fez algo?
Nestas perguntas estão todos os meus ranços com a luta por fazer exercícios e manter hábitos saudáveis., Mas também está onde quero chegar.
E este é o ponto. Nestes anos eu cheguei a conclusão mais óbvia que deveria ter norteado desde o primeiro dia. Fazer exercícios é sobre continuidade. Então esqueça toda motivação, vai chegar aquela hora que você tem que fazer porque tem que fazer. E vai ter aquele dia que seu corpo não quer, e você tem que respeitar.
E vai ter a ilusão. Emagrecer, fazer dieta, ler mil coisas que só enchem a cabeça mas não coloca o pé na estrada, chás, sucos milagrosos, tudo e qualquer coisa ‘verde’, menos carne, mais carne, gordura, sem gordura, com ovo, sem ovo. Todo mundo querendo ditar o que fazer com seu corpo.
E dai você chega a conclusão que o corpo é seu e só você pode cuidar dele. Respeitando quem trabalha com isso. É que nem a história do feijão branco em pó que contém um milagre genético que vai fazer você emagrecer (desculpe, amigo, vou citar esta história sem citar seu nome). O cara passa a prestar muito mais atenção na sua saúde, no que coloca na boca, a partir do momento que encana que feijão branco em pó dá resultado. Sim, ele dá, porque fez você fazer o básico: prestar atenção no que está rolando com seu corpo.
Então, filtrar o que dá certo e o que não dá é uma novela. Ainda mais quando você quer ‘emagrecer’.
Dai você vai dizer, e dai? Bom, eu só posso citar meu caminho. E um dia eu enjoei. Enjoei de ler tanta coisa, de me manter motivado, de lutar contra a balança, de buscar o suco verde milagroso, a dieta que agora vai dar certo. Eu só cansei. E o que aconteceu? O primeiro ponto de iluminação! Não, não vi anjos. Iluminação só vem depois de muita dor e ilusão. E ela não é bonita, é um grilo falando na sua orelha: “você está desmotivado, cansado, com as orelhas murchas, o corpo dói, a alma sente e o ego sofre, mas sabe qual é a novidade? Você só tem que seguir em frente, porque NÃO tem escolhas, o corpo precisa disso, você esteja motivado ou não”.
É duro falar coisas tão “íntimas”, nada, é só vergonha da própria imaturidade, não há nada de íntimo nisso além da tentativa de esconder de si mesmo que a vontade de desistir de cuidar do corpo é gigante.
E dai vem, na prática, aquilo que sempre pensei. Dieta é ilusão. Controlar caloria é equivocado. Contexto muda e você pára de emagrecer. Cuidar de emagrecimento é supervalorizado. Músculo pesa mais. E você começa a encontrar o duro mapa da realidade, aquilo que importa:
- Dormir bem: é o mais importante dos quesitos de manter a saúde do corpo. E tudo, absolutamente tudo, vai contra isso. Vou citar a fonte que mais me ajudou, mas cada um tem seu ciclo de afinidades. Satchin Panda e o Ciclo Cicardiano. Tanto para sono quanto para ciclos do sol e a influência no corpo, quanto para a base dos hábitos de vida que sigo até hoje e me ajudaram a parar de engordar e emagrecer, agora só emagreço ano a ano. Ou você pode escutar o que sua avó vive dizendo: “vai dormir”, “acorda cedo”, “vai trabalhar vaga…”, ops, estamos num mundo politicamente correto, não pode falar estas coisas. Isso é tão profundo a ponto de se dizer, se não arrumar o sono, não tem jeito. Vai ser efeito sanfona sem parar. E há os hábitos equivocados modernos: celular depois das 20hs (luz azul e super excitação da vista), manter o cérebro ligado (ou não) nas redes sociais, estímulos de luz branca de todo lado, ter uma rotina como a de um enfermeiro sem salvar ninguém (dormir muito tarde) e tudo o mais que você pode ler no livro do Satchin Panda ou pedir para uma IA resumir para você.


- Resistência física: não, eu não vou falar de exercício físico. Esta é uma das grandes descobertas da minha vida, pouco importa o exercício físico, ele é só parte e pode ser um prazer. Mas o que determina a intensidade é a sua resistência física. E se você estrapola, perde ela. Por exemplo, eu nado cedo, sem parar, por 45m, só para acordar tão cedo e manter uma rotina intensa dessas, para compensar o quanto sou sedentário (e sou muito), bem como ser um cara casado e…, comparecer. Assim como dormir cedo. Vai acumulando cansaço, sua resistência vai baixar. E dai se eu me colocar loucamente a forçar o corpo, não vou conseguir manter uma sustentabilidade ao longo do tempo (é redundante, mas é importante entender bem isso). E mais importante que virar um atleta (com um corpo quebrado e cada vez menos vontade de fazer exercícios), é manter a resistência ao longo do tempo para sentir-se bem. No meu caso, compensar um gigante sedentarismo. E olha, mesmo com este baita defeito, até porque trabalho o dia inteiro sentado, não tenho escolha, me sinto muito saudável. Cada vez mais. Claro, sempre tenho que intensificar algo. Mas sem fissuras de atleta de competição, aliás, elimine a competição da sua vida, tirando, claro o futebolzinho ou algum esporte que você brinca. Mas não compita contra si mesmo. Vá devagar e sempre que você vai rápido.
- Alimentação saudável: é claro que eu não vou falar de dieta. Esta é a palavra mais estúpida no assunto de emagrecimento, só se ela significar a sua dieta, a sua alimentação. Mas quando dizemos: “estou fazendo dieta”, já tá tudo errado. Neste ponto, cito novamente o dr. Satchin Panda, você pode comer de tudo se manter a máquina humana funcionando como ela foi feita para funcionar, dormindo na hora certa, a carga de resistência certa adquirida como os exercícios que melhor funcionam para você, com a carga de boas impressões e bons amigos e uma certa distância da tecnologia. Fazer dieta é a pessoa lutando contra suas vontades. E sim, você tem que restringir, mas tem que se soltar e ter prazer. Não pode ser uma tortura. É simples mas é difícil e MUITO individual. Tem pessoas com gula? Todos, inclusive os magros. Mas tem pessoas com tendências, problemas hormonais, problemas sentimentais e todo tipo de coisa. Sem contar a alimentação ultrarefinada, ultra processada, comidas de mentira, comida lixo, fast food e tudo o mais. Mas chega uma hora que lutar contra tudo isso cansa. E você quer ter prazer. É um direito. Mas vai ter que encontrar a forma de lidar. Gosto muito da proposta do dr. Satchin Panda porque tirou toda fissura da minha cabeça. Tenho que prestar atenção? Sempre, mas por temporada, não por dia ou semana. E você acaba encontrando coisas boas, como comer pêssego na época certa, se alimentar e ter calorias negativas (gasta mais para digerir um pêssego do que o que ele dá em calorias). Hoje em dia eu não tenho preocupações quanto a alimentação e não tranformei a cozinha numa religião. Mas é algo muito individual, vai ter gente para te ajudar, mas chega uma hora que é você sozinho consigo mesmo. E o que busquei, por hora estou lá: sem fissuras para se controlar e com bons resultados.
- Estilo de vida: é o que importa no final. Ter um e ir aprimorando. O segredo de aprimorar é simples. A gente é chato pra caramba. A gente enjoa das coisas. A gente forma cultura para algumas coisas, tipo, gostar de feijão a vida inteira, mas é muito enjoado e precisa ficar mudando toda hora, se chama seguir modas isso. É da natureza humana. Controlar este impulso de ficar seguindo a moda é importante. Mas colocar ele a seu favor é tão importante quanto. Estes impulsos não vem só do nosso ego, vem das mudanças da natureza, a mudança das estações, os ciclos de frio e quente, a distância do sol à terra e tudo mais. Então, você acaba descobrindo coisas simples. Comer a comida da época. Aceitar que seu corpo quer um alimento mais doce ou mais neutro. Seguir as vontades do corpo de comer algo amargo ou adocicado. É neste estilo que nos enganamos que estamos ‘evoluindo’, não, só estamos mudando conforme a estação do ano, conforme os ritmos da natureza. Não é uma evolução, é um ritmo natural. E isso é diferente em cada pessoa. Oxalá todos consigam encontrar seu ritmo sem fissurar demais nas coisas.
Então apenas para pautar, até 2017, como escrevi no outro post, busquei tecnologias para melhorar a saúde. E elas fizeram parte do que encontrei até hoje. Respeite o seu caminho, o seu passado, o que te fez chegar até aqui. Ficou para trás, mas ajudou. Sinto saudades, mas é difícil manter, ficar com um aparelho grudado e te medindo o tempo inteiro não é muito prático. Ficar olhando dados, eu curto, parece um jogo, mas exige um tempo que não quero gastar mais.
Depois disso eu passei por rotinas bem complexas de trabalho e só retomei exercícios anos depois. Foi uma época onde consegui controlar algumas coisas, mas quando o stress acumula, não tem jeito, impacta na balança. Cheguei a perder em 2016, 25kg, mas eles voltaram ao longo do tempo.
Hoje isso não é mais importante como já expliquei. E virão novos desafios.
Outra compreensão que tive neste meio tempo foi que o exercício precisa ser intenso. Então eu nado por 45m sem parar, em torno de 1,5km ou mais. Atualmente estou buscando fazer isso 3x por semana.
Outros exemplos foram a 2 anos, quando usei a inteligência artificial para me ajudar a organizar treinos. Usei o Planfit.ai, fazendo treinos sequenciais intensos, do tipo, 1 minuto de exercício e 1 minuto de descanso sem parar, em sessões de 30m a 60m.
Fiz de todo tipo, estudando os tipos de exercício, resistência, força, cardio, calistenia, argolas, prancha, pesos para braços, exercícios de pernas, pulando corda em sessões de 30 minutos, 50 pulos por minuto, cheguei a pular 1000 pulos em 45 minutos. Mas tem que se cuidar, quando dava uma dor, parava até recuperar.

Acabou que descobri um aplicativo que ainda vou testar, que faz o que eu fazia, organiza a sequência de exercícios. A grande vantagem? Eu não preciso organizar as sessões. Ganho um tempo brutal. Vou falar disso no futuro.
Então, o importante é isso. Siga em frente. “Mas só resolvo fazer exercício nas promessas de virada de ano”. Que bom que há este período para nos lembrar disso. Seria pior se nem isso tivesse. Promessas de início de ano são uma forma de agitar a poeira. Sim, precisa sair disso e executar, mas comece pequeno, devagar e sempre. Como diz o mineiro, devagar e sempre é rápido.
Eu vou te convidar a deixar seu comentário, para não ser o único babaca que fala. Eu não curto muita interação, até começar, quando começa, eu curto muito. É que toda esta forma de buscar mais saúde, eu fiz sozinho, não curto tanto depender de grupos, amigos ou alguma coisa para fazer o que precisa ser feito. Mas sim, conversar ajuda, comente e conte sua história, isso nos leva à novas energias. Mas chega uma hora que é cada um por si. Como uma meditação, a onda do momento, o tal pensamento mindfullness ou sei lá como chamam isso para arrancar dinheiro de quem não tem disciplina por si mesmo. Mas fazer por si é algo barato, diria o Julius, pai do “todo mundo odeia” Chris. “Se você não gasta, é mais barato.”
Fique a vontade, talvez jogue todas estas letras no lixo, ou aproveite para melhorar sua vida, seja o que for, siga em frente. Fui!
